quinta-feira, 8 de março de 2012

A cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas no Brasil

Dados da Comissão Permanente de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Copevid) apontam que a cada dois minutos cinco mulheres são agredidas no Brasil, e de cada cem mulheres assassinadas, setenta foram mortas por seus companheiros ou ex-companheiros, alerta o texto de abertura do vídeo assinado pelo Copevid, Ministérios Públicos Estaduais e da União e pelo Grupo Nacional de Direitos Humanos integrante do Conselho Nacional de Procuradores Gerais de Justiça (CNPG).



O vídeo acompanhado de uma Cartilha educativa com ilustrações que integra o material promocional foi produzido pela Comissão Permanente de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Copevid) para o lançamento no Pará da Campanha Nacional dos Ministérios Públicos Estaduais e da União ‘Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher: Uma Construção coletiva’.
Toda a campanha está centrada no objetivo principal de orientar a garantia do registro da violência sofrida, buscando a efetivação da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, participando representantes de vários órgãos de defesa da mulher.
Números– As estatísticas de casos demonstrados pelo Ministério Público revelam que no período de 2007 a 2011 o total de casos de violência somou 8.698 sendo que, no total dos apurados no ano passado, os números apontam um total de 3.328 relatos de violência sofrida por mulheres, no âmbito doméstico e familiar.
Em 2007 foram registrados 1.023 novos processos. De 2007 a 2011, a PJVDFM recebeu mais de 13 mil ocorrências. Nos anos seguintes há um crescimento quanto a processos cadastrados e no ano passado esse número salta para 5.092 demandados na PJVDFM. O cadastro desses processos é obrigatório, com base na Lei Maria da Penha. Somados aos recebidos direto das Varas Judiciais da Violência Doméstica e Familiar contra Mulher no período de 2007 a 2011, as estatísticas apontam um expressivo número de 21.897.
As análises quanto aos processos/procedimentos, que correspondem ao universo de 3.328 casos em 2011, relativos ao perfil do agressor e vítima revelam que a faixa etária do agressor. Os números mostram que 26% deles têm entre 40 a 55 anos.
Quanto à vítima, 23% têm entre 25 a 29 anos. Quanto à escolaridade do agressor, 38% tem ensino fundamental incompleto. Já a vítima, 35% tem ensino médio e 32%, fundamental incompleto.


Fonte: Ministério Público Estadual

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